Memória do Beato João Maria da Cruz, patrono das vocações dehonianas
Nasceu no dia 25 de setembro de 1891 em San Esteban de los Patos (Ávila, Espanha), numa família de agricultores, muito simples e rica em virtudes cristãs. Recebeu o nome de Mariano. Porém, já nos tempos de infância sentia-se chamado a seguir a Cristo como sacerdote, o que veio a acontecer alguns anos mais tarde, tornando-se pároco diocesano. Tendo-se tornado religioso na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, tomou o nome de João Maria da Cruz, como será posteriormente conhecido. Cheio de zelo apostólico, desenvolveu grande parte do seu ministério na Escola Apostólica de Puenta la Reina e como promotor vocacional. A revolução espanhola de 1936 levou-o a testemunhar a sua fé e a sua condição sacerdotal, diante do incêndio da igreja dos “Santos Juanes” de Valência. Isto fez com que depois de um mês de fecundo apostolado no cárcere, sofresse o martírio em Silla (Valência), a 23 de agosto de 1936. Foi beatificado por São João Paulo II no dia 11 de Março de 2001. É o patrono das vocações dehonianas.
Extraído do site www.dehon.it, seguem algumas palavras de D. Virginio Bressanelli sobre o Beato:
“Não é coincidência eu ter conhecido nossa Congregação na capela dos religiosos reparadores, onde ele tinha feito adoração. O ideal de sacrifício, amor e reparação; a centralidade de Deus manifestada no Mistério do Coração aberto de Jesus; a força enfatizada na Eucaristia (Missa e Adoração); a terna devoção a Maria; a obediência e doação total ao Senhor e aos irmãos; a sensibilidade social e o cuidado para com os pobres; estes são os valores que o Beato João Maria da Cruz já trouxera com ele e que na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus ele encontrou espaço para crescer e desenvolver ao nível do heroísmo.
As notas espirituais deixadas pelo Beato, frutos da sua reflexão e seus propósitos por ocasião dos seus retiros e exercícios espirituais, mostram suas fortes raízes no espírito da Congregação. Elas mostram a uma clareza prática que vem com uma concreta tradução sobre o significado da Reparação em relação a Deus e em relação à realidade humana do pecado pessoal e do pecado social. Foi sua profunda experiência do amor de Deus que o permitiu assumir e experimentar a essência do nosso carisma de amor e reparação.”