ELE RESSUSCITOU!
Imagine os fatos. Um jovem pregador desafia quem o persegue e diz que, se destruíssem aquele templo, em três dias, ele o ressuscitaria. Como ninguém ressuscita templos de pedra, ele certamente estava falando de seu corpo, ao qual chamou de templo (cf. Jo 2, 19). Aliás, ele já falava de gente luminosa e corpos luminosos pela pureza da fé (cf. Mt 6, 22). Decidem matá-lo no mesmo dia em que, mostrando ter poder sobre os corpos e sobre a vida, ele ressuscita um morto: seu amigo Lázaro de Betânia (cf. Jo 11, 45-52). O milagre não os tocou nem um pouco, obcecados que estavam em salvar sua religião e sua verdade. Acharam alguma razão para explicar aquilo. Ele não podia ser de Deus! Se não orava, pregava, comia ou lavava as mãos igual a eles, como podia ser de Deus?
Acabaram com ele em menos de 20 horas. Prisão, cruz e morte em menos de 18 horas. Tente imaginar a reação de Madalena e dos discípulos quando, de repente, ele aparece vivo. Não estavam preparados para aquilo: misto de medo, susto e explosão de alegria. Ele disse que voltaria a viver e voltou (cf. Mt 26, 32). Se os discípulos não estavam prontos para isso, imagine, então, a raiva dos adversários. Outra vez arranjaram uma explicação. Embuste! Roubaram seu corpo. Por que sumiu tão depressa? Se venceu a morte, por que não voltou às ruas para continuar sua pregação? Por que só alguns o viram?
Espalhou-se a notícia. Quem acreditou disse que ele fez o que tinha que ser feito. Agora era com eles. Quem não acreditou disse que estavam bêbados, loucos, fanatizados. Matá-lo, como fizeram, era coisa santa e vontade de Deus, mas afirmar sua ressurreição não era! A isso chegaram!
Quem venceu? Herodes? Pilatos? Anás e Caifás? Onde estão seus templos, suas doutrinas e seus missionários? Quem ora em nome deles? Jesus, porém, está cada dia mais vivo, ressuscitando sempre em toda parte onde pensam que ele foi derrotado. Fez mais do que ressuscitar naquele dia. Ensinou-nos que os furacões vazios de conteúdo passam. O que fica é o sopro suave e cheio de vida, que veio com a sua vitória sobre a morte, a qual não assusta mais. Aquele suspiro na cruz foi definitivo porque definiu sua obra, mas não foi o último. Três dias depois ele voltou a viver.
A Páscoa é a nossa certeza de que, um dia, esse planeta vai respeitar a vida: toda e qualquer forma de vida! Foi por isso que ele veio e habitou, sofreu e morreu entre nós! Mas ficou no túmulo menos de 42 horas. Sua morte passou depressa. O que ficou foi sua ressurreição.
P. Zezinho
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