MEMÓRIAS DA NOSSA HISTÓRIA
Conventinho de Taubaté. Os Dehonianos no Vale do Paraíba
7.5.7. Filiação do Instituto Teológico SCJ à PUC/RIO
Após 55 anos de funcionamento, tendo já dado à Igreja um grande número de presbíteros religiosos e diocesanos, a direção da Província Brasileira Meridional e a comunidade formadora de Taubaté preocuparam-se em valorizar mais os estudos do Teologado. Houveram por bem filiar nosso Instituto de Teologia à uma Pontifícia Universidade. Além da oficialização dos estudos e de lhes dar um caráter mais reconhecido e consistente objetivava-se matricular alguns dos nossos estudantes nos cursos de pós-graduação de uma Universidade Pontifícia. Feitas as ponderações, chegou-se à conclusão de filiar-se à PUC do Rio de Janeiro.
E março de 1979, padre Murilo Sebastião Ramos Krieger, então reitor do Instituto Teológico, encaminhou toda a documentação dos trâmites para a filiação {Além do grande empenho do padre Murilo S. R. Krieger para a oficialização dos estudos do nosso Instituto, faz-se jus aqui mencionar, de modo especial, a colaboração e entusiasmo do então padre Eusébio Scheid e de padre José Knob}. A Comissão Geral do Departamento de Teologia da referida Universidade deu o parecer plenamente favorável à filiação do nosso Teologado à Faculdade Eclesiástica de Teologia (Departamento de Teologia) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro {cf. Carta do reitor da PUC/RJ, aos 6 de junho de 1979}.
Para viabilizar o processo de filiação foi estabelecida uma comissão de professores da PUC/RJ, que estudou as condições do nosso Instituto {A Comissão era formada pelos padres Alfonso García Rubio e Álvaro B.Y. Luana. Esta comissão esteve em Taubaté no dia 14 de novembro de 1979 (cf. Carta de padre Murilo R. Krieger, aos 4 de dezembro de 1979}. O passo seguinte foi a complementação de um convênio de colaboração entre as duas instituições, com o objetivo de fomentar o intercâmbio de professores e a preparação dos cursos de Mestrado da PUC/RJ por alunos formados no Instituto. Este convênio foi firmado entre os padres José Augusto Anchieta Amazonas Macdowell sj e Alberto Piazera scj (superior provincial) no dia 12 de dezembro de 1979.
Cumprida essa exigência e enviada a documentação à Santa Sé, no intuito de obter aprovação da instância romana, em 1980 começou o curso Teológico na qualidade de filial da PUC/RJ. Neste ano, na data de 13 de junho, na festa do Sagrado o Coração de Jesus, a Santa Sé, por um decreto da Sagrada Congregação para a Educação Católica, elevou nosso Teologado à condição de filiado à Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro {cf. Circular SCJ (jul. 1980), p. 1829}.
O título de “Pontifício” não é apenas um qualificativo honorífico, mas representa a nossa opção programática de cultura teológica com o ônus de uma responsabilidade maior {cf. Ib}.
Assim, com esse ato de filiação à Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro, nos termos do convênio e das normas estabelecidas entre as duas instituições, os alunos que nela estudam obtêm o atestado de colação de grau e bacharel em Teologia.
7.5.8. Dependências e outras infra-estruturas do Conventinho
Desde março de 1979, sob o reitorado do padre Murilo S. R. Krieger, vinham sendo estudados em comunidade os projetos e plantas da lavanderia, rouparia, depósitos, quartos para os funcionários, quadras de esportes, cemitério, garagens e sala de ferramentas {cf. Cr. 4. fl. 90v}. Neste mesmo ano, a 1o de agosto, começou a preparação do terreno (com o derrubamento de árvores) para a construção do campo de futebol. O campo foi deslocado para o lado norte, afastando-o do muro dos vizinhos, dando o espaço para a construção da lavanderia. Ao lado norte do campo de futebol, onde estava o antigo cemitério, reservou-se espaço para uma quadra de futebol-de-salão. O cemitério, por sua vez, foi deslocado para o sudeste do terreno, em direção à ferrovia {cf. Ib., fl. 98v}.
E aos 3 de dezembro de 1979, com a colocação das estacas de nível, foi iniciada a construção da lavanderia {cf. Ib., 5. fl. 2v}. Simultaneamente eram construídos o campo de futebol e outras quadras de esportes, o muro no fundo do Convento e o atual cemitério. Os tijolos para a construção do muro, eram provenientes do antigo “sobrado dos padres”, cuja demolição tinha sido iniciada a 5 de julho de 1979 {cf. Ib., fl. 1v}.
Grande parte da despesa para a construção da quadra de futebol-de- salão foi coberta com a venda do material oriundo da demolição do prédio antigo, trabalho este executado pelos próprios estudantes de teologia. Todas essas obras foram concluídas em fins de julho de 1980 {cf. Ib., fl. 25v}.
Em maio de 1982, com a colaboração dos beneficiários (paróquias e capelas servidas pelos padres da casa), foi construída a garagem. O telhado veio de uma antiga construção do Seminário de Curitiba, ao passo que os tijolos e a madeira procediam do velho “sobrado dos padres”. O trabalho da construção foi supervisionado pelo padre Armindo Kunz {O custo total da garagem ficou em Cr$ 363.325,00 (cf. Livro de Atas da casa de Taubaté dos anos – 1937-1983) – fls. 76v; 82; 84v e informações de padre Armindo Kunz (Taubaté, em 1994)}.
Pe. José Francisco Schmitt, scj.