Espaços e Laços 52
Há um tesouro à disposição de todos, escondido e preparado para todos, a ser perseguido e encontrado por todos, a ser conseguido e aprimorado por todos… Vale mesmo a pena persegui-lo e consegui-lo? Sob a ótica de Jesus, sim: se nele houver o coração, se estiver no coração: “onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6,21).
No Oriente antigo não havia bancos nem depósitos seguros. Mas havia ladrões numerosos. Havia governos corruptos, dispostos a confiscar os bens pelos motivos mais banais. Havia guerras e incertezas. Por isso o costume de esconder os tesouros na terra. Não raro, a morte súbita ou a vida incerta fazia desaparecer o dono do tesouro. Assim, muitos tesouros ficavam escondidos e perdidos até que, por acaso, alguém os encontrasse.
De acordo com a lei judaica, o tesouro de um campo pertencia ao dono do terreno. Eis porque, em se achando um tesouro, buscava-se adquirir o campo onde se encontrava a fortuna. Aí está o contexto do texto do evangelho dominical.
Qual é mesmo o tesouro? Onde encontra-lo?…
“Certa vez, um homem caminhava pela praia, numa noite de lua cheia… Pensava: Se tivesse um carro novo, seria feliz;
Se tivesse uma casa grande, seria feliz;
Se tivesse um excelente trabalho, seria feliz; Se tivesse uma parceira perfeita, seria feliz.
Quando tropeçou numa sacolinha cheia de pedras começou a jogar as pedrinhas uma a uma no mar cada vez que dizia: ‘Seria feliz se tivesse…’ Assim o fez até que lhe sobrou a última pedrinha. Decidiu guarda-la! Ao chegar em casa percebeu que se tratava de um diamante muito valioso… Você imagina quantos diamantes ele jogou ao mar sem parar para pensar?
Assim são as pessoas… Jogam fora seus preciosos tesouros por estarem esperando o que acreditam ser perfeito ou sonhando e desejando o que não têm, sem dar valor ao que têm perto delas. Se olhassem ao redor, parando para observar, perceberiam quão afortunadas são. Muito perto de si está sua felicidade. Cada pedrinha merece ser observada, pode ser um diamante valioso.
Cada um de nossos dias pode ser considerado um diamante precioso, valioso e insubstituível. Depende de cada um aproveitá-lo ou lançá-lo ao mar do esquecimento para nunca mais recuperá-lo. A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos” (Blandinne).
P. Mariano,scj.
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