Espaços e Laços 55
Mês das Vocações: “Convocação”
Retomamos a reflexão sobre vocação, hoje com ênfase na dimensão da convocação/comunhão. A propósito, vem a coincidir com a específica vocação à vida religiosa, contemplada pela Igreja do Brasil no próximo final de semana.
“Com-vocados, Convocação”: “E constituiu Doze, para que ficassem com ele” (Mc 3,14a). Etimologicamente, “Igreja” provém do grego ἐκλησία (ekklesía)que traduz a palavra hebraica קאל (qahal) e significa “assembleia convocada e reunida”.
Acolher o convite de Jesus implica, sem dúvida, na convivência de outros também chamados, como nós e pela mesma razão. Mas eles são diferentes. O aprender as exigências de Jesus desdobra-se, por isso mesmo, no aprendizado de conviver com eles.
Os chamados, “vocados”, somos também “convocados”. Dentro da grande Convocação eclesial, nós somos Congregação específica, inseridos em Províncias e Dioceses, incluídos em paróquias e comunidades. Em cada uma dessas instâncias somos interpelados acerca de nossa pertença à Trindade, comunhão plena. Esta consciência é que vai motivar nossa entusiasmada disponibilidade e convicta participação na vida e na missão da Igreja.
A qualidade de nossa visibilidade, o testemunho de nossa comunhão e a contribuição na melhoria do mundo parecem, hoje, decidir o jogo de nossa vida cristã. “O homem contemporâneo acredita mais nas testemunhas do que nos mestres”, disse bem João Paulo II (RMi 42, parafraseando Paulo VI em EN 41).
Ao abrir o coração para Deus corresponde uma abertura acolhedora dos irmãos, a fim de renovar a comunhão no espírito do “sint unum” (cf. Jo 17,21), mesmo porque a vida de comunhão é a mais convincente proclamação de nossa vida cristã e a primeira expressão de nossa missão.
No âmbito comunitário, pois, emerge com vigor a primeira razão de ser do nosso discipulado: estar com Jesus, permanecer com ele e aprender com ele (cf. também Jo 15,1-10). É preciso ir e ver como e onde Jesus está, para segui-lo (cf. Jo 1,39.43). Tudo é importante, mas o mais importante é permanecer com Jesus. Todas as atividades são relevantes, mas a prioridade cabe ao estar com Jesus e com aqueles que com ele se encontram, pelo “vinculum perfectionis” que é o amor (cf. Cl 3,14).
Rezam nossas Constituições: “A vida comunitária não é apenas um meio: embora inacabada, é a mais plena realização de nossa vida cristã. Deixando-nos penetrar pelo amor de Cristo e atendendo à súplica do ‘Sint unum’, esforçamo-nos por fazer de nossas comunidades verdadeiros lares de vida evangélica, especialmente pelo acolhimento, pela partilha e hospitalidade, salvaguardando, porém, os ambientes reservados à comunidade” (Cst 63).
P. Mariano,scj.
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