MEMÓRIAS DA NOSSA HISTÓRIA
Conventinho de Taubaté. Os Dehonianos no Vale do Paraíba
10.4. Nossos tesoureiros
Para dizer algumas palavras a respeito da função dos nossos abnegados tesoureiros da casa de Taubaté, primeiramente vamos buscar uma fundamentação nos documentos.
O atual Código de Direito Canônico apresenta uma sadia preocupação com a administração dos bens temporais da Igreja e dos institutos religiosos. Nesse sentido, o cânon 640 nos exorta que, de acordo com as condições locais, os institutos façam o possível para dar um testemunho coletivo de caridade e pobreza. Este é o espírito que deve nortear o uso evangélico dos bens materiais numa comunidade religiosa.
Nossas Constituições, quando falam da administração dos bens e do cuidado pelas coisas de ordem material da comunidade, lembram que essa responsabilidade cabe ao superior local com seu tesoureiro. Procura-se viabilizar o testemunho coletivo da caridade e de pobreza na comunidade. Por isso, o tesoureiro está sob a autoridade do superior, em conformidade com as normas da Congregação e da província.
O tesoureiro local é nomeado, após consulta à comunidade, pelo superior provincial, com o voto deliberativo de seu conselho. A duração de seu mandato coincide com a do superior local (cf. Cst. 118; DP 145-146). Pode ser renomeado para algumas gestões. Uma das principais funções desse encargo é prover o necessário de ordem material, fazer os balancetes mensais e os relatórios anuais, participar das reuniões do ecônomo provincial, quando convocado para tal.
Este modo de administrar e gerir os bens segundo o espírito e testemunho de vida evangélica constitui para o tesoureiro um verdadeiro serviço comunitário e eclesial (Cst. 141).
A casa do Conventinho sempre contou com a generosidade e a dedicação de confrades que souberam exercer esse encargo com muita responsabilidade. Não é possível nomear todos eles. Aliás, os nossos mais antigos cronistas nem sempre fizeram o registro das pessoas que exerceram tais e outras funções.
No primórdios, essa função era exercida, geralmente, pelo próprio reitor da casa. Basta lembrar os nomes mais recentes, como o do padre Valério Cardoso e Murilo Sebastião R. Krieger. As Crônicas da casa nos ajudam a recordar os nomes de alguns confrades que exerceram esse ofício de tesoureiro. Sem esquecer a valiosa dedicação dos anônimos, lembramos: Eduardo Knob, Emílio Lunkes, João Heidemann, Antônio Hemkemeier, irmão Nicolau da Costa, irmão Mário Peixe, Claudionor Schmitt, Alberto Piazera e, hoje, Moacir Pedrini.
Vai expressa, aqui, a nossa profunda admiração e reconhecimento pelo serviço prestado por todos os tesoureiros que passaram pelo Conventinho.
José Francisco Schmitt SCJ.