Memórias da nossa História
Conventinho de Taubaté. Os Dehonianos no Vale do Paraíba
11.5. Capelanias
11.5.1. Capelania da Comunidade de Nossa Senhora Aparecida – Vila Aparecida – Paróquia da Santíssima Trindade – Taubaté.
A capelania da Comunidade de Nossa Senhora Aparecida é a mais antiga obra que o Conventinho vem assistindo há mais de 60 anos. Entre os anos 1920 e 1935, na região onde se localiza hoje a Vila Aparecida, existia um pequeno povoado bem disperso e pobre. Toda a área da atual Vila das Graças, da Vila Aparecida e a baixada do bairro do Areão pertencia à paróquia da catedral. No início da década de 30, padre Ascânio Brandão foi encarregado pelo senhor bispo, de organizar e construir a igreja da Vila das Graças. Para tanto, ele organizou uma campanha de visita domiciliar, percorrendo os bairros vizinhos da iniciante Vila de Nossa Senhora das Graças. Este apostolado de visitas às casas era sempre acompanhado de uma pequena imagem de Nossa Senhora Aparecida. Foi a presença dessa imagem peregrina nas casas do bairro que deu o nome de “Vila Aparecida”.
Entre 1935 e 1937, padre Brandão organizou uma pequena comissão de obras para a construção de uma capela. E, aos 12 de julho de 1937, às 20h, padre Fernando Baumhoff, que era reitor do Convento SCJ, feito um breve entendimento com padre Brandão, reuniu-se na antiga sala de visitas do Conventinho com os membros da supracitada comissão, assumindo a função de capelão e presidente diretor das Obras da capela Nossa Senhora Aparecida . É desse evento que começou a história oficial da Capela Nossa Senhora Aparecida, vinculada ao Conventinho.
Como toda a história tem sempre sua pré-história, esta também tem a sua. Ela é contada pelo povo da Vila e pelos padres que trabalharam aí como fratres.
O primeiro frater que trabalhou na Vila, foi padre Afonso Maria de Miranda (entre 1934 e 1936). Depois dele, diversos fratres trabalharam aí, principalmente na catequese. O povo lembra, particularmente: Teodoro Becker (entre 1936-1938), Irineu Bertoldo Decker (entre 1937-1939), Frederico Winkelmann (entre 1938-1940), Aloísio Boeing (entre 1938 e 1940), Celson Michels (entre 1939-1941), Cláudio Longen (entre 1940-1942), Justino Koehler (1941- 1943 e Agostinho Bertoli (entre 1944 e 1947).
Após o reitorado do padre Fernando e sua transferência, a assistência religiosa a essa comunidade foi confiada aos recém-ordenados e fratres. Destarte, em 1944, padre Clemente Maria Men-gherinhausen assumiu como 2o capelão da comunidade da Vila Aparecida. O trabalho do capelão consistia em coordenar, com os fratres, as atividades catequéticas, as festa e a celebração das missas. Durante o período de padre Clemente (1944-1951) trabalharam com ele os fratres Eduardo Knob, Donato Wiemes, Francisco Lüchtenberg, Valério Cardoso e Afonso Rauber.
Depois do padre Clemente, a capelania foi atendida, entre outros, pelos fratres Armindo Flach, Mário José Stolfi, Augusto César Pereira, Nelson Westrupp, Lucas Scheid, Paulo Hülse, perfazendo um total de 65 os fratres que aí trabalharam e ajudaram a fazer a história da Obra Social da Vila Aparecida.
Nos últimos 25 anos, os trabalhos pastorais e a Obra Social foram conduzidos de maneira organizada e planejada pelos padres Eusébio Scheid, Claudionor José Schmitt, Darci Dutra e, a partir de 1993, pelo padre Luís Carlos da Silva.
Graças ao grande trabalho do padre Eusébio Scheid, a Vila tem, hoje, um amplo templo que acolhe o povo para o culto religioso e uma moderna organização comunitária. O povo é assistido segundo suas necessidades, desde o atendimento espiritual, passando pelo escolar (escola, Jardim de infância, Creche Menino Jesus, Centro Catequético Evangelina Monteiro), até o recreativo (grupos de jovens, associações), além dos cursos profissionalizantes.
Pe. José Francisco Schmitt, scj.