MEMÓRIAS DA NOSSA HISTÓRIA
Conventinho de Taubaté. Os Dehonianos no Vale do Paraíba
12.2. Paróquia de Santa Cruz – Redenção da Serra
Redenção da Serra, pequena cidade da Serra do Mar é, na sequência cronológica, o último marco expressivo da irradiação taubateana. As memórias históricas nos recordam que, ao longo do setecentismo, muitas fazendas se estabeleceram em terras do atual município de Redenção, na época da vila de Jacques Félix.
O núcleo urbano se originou já no início do século XIX e teve como principais fundadores Gertrudes Cursino dos Santos e seu filho Francisco Cursino dos Santos, moradores de Taubaté, que doaram o patrimônio da primeira igreja. O povoado original recebeu o nome de Santa Cruz do Paiolinho.
Historicamente, o município de Redenção da Serra tem a glória de ter sido o primeiro a libertar os escravos na Província de São Paulo com a “Declaração de Ponte Alta” {cf. José B. Ortiz, op. cit., Vol. II, pp. 355-357}.
A paróquia Santa Cruz é muito antiga. Canonicamente foi erigida a 23 de março de 186l. Sua extensão territorial é 317 km2 e constitui-se de 14 comunidades. A população é de 4.300 habitantes. Desses, 4.200 são católicos. 70% da população são praticantes.
A paróquia de Redenção, há 25 anos, era assistida pelo clero diocesano. As crônicas da casa do Conventinho lembram a presença e participação dos nossos padres e fratres nas novenas. Isto desde 1945, quando os dehonianos iam ajudar o pároco nas grandes festas do Divino {cf. Cr. 1. fl. 11v.}.
A paróquia passou aos cuidados pastorais dos padres do Conventinho a partir de 6 de agosto de 1971. O então padre Carmo João Rhoden foi o primeiro, tendo no frater José Francisco Schmitt seu auxiliar.
A partir de março de 1973, padre José Knob passou a ser o pároco e continua até o presente. Em todos esses anos, os fratres sempre auxiliaram nas lides pastorais naquela paróquia.
Por causa da formação da bacia de acumulação Paraibuna-Paraitinga foram represados os rios do mesmo nome e a cidade de Redenção foi inundada. Foi preciso construir uma nova cidade, empreendimento muito difícil por causa da pobreza da população. As autoridades estaduais eram contra a construção de uma nova cidade. A igreja se empenhou muito e junto com a Prefeitura tomou a frente da reconstrução.
A construção da nova igreja foi iniciada em 1975 e custeada em parte com dinheiro da indenização da igreja velha (Cr$ 2.154.000,00) e em parte com as companhas. Foram feitas sucessivas companhas para a aquisição dos sinos, dos bancos, do piso e da pintura. O novo templo, por sinal muito lindo e erguido à margem da represa, ficou concluído em 1979 {informações de padre José Knob (Redenção da Serra, aos 12.4.1994)}.
José Francisco Schmitt SCJ.