Papa Francisco é estudo de caso na Harvard Business School
Surpreendente do ponto de vista empresarial pelo êxito alcançado em tão curto espaço de tempo. Com aprovação de 85% dos americanos (Roma, 07 de Maio de 2014 (Zenit.org) Jorge Henrique Mújica | 90 visitas).
Na linguagem empresarial “CEO” é a figura dirigente ou presidente da instituição. Também conhe-cido como “Managing Director” (MD). Devido a importância deste papel na empresa, é compreensível que as escolas de negócios dediquem estudos àqueles que no mundo empresarial são figuras de sucesso. Nessa direção o The Economist indica o Papa Francisco como um estudo de caso para a “Harvard Business School” (cf. “The pope as a turnaround CEO, 2014/04/19 ) .
A proposta faz uma analogia da Igreja como “a mais antiga multinacional do mundo”. The Economist destaca mais do que o sucesso mundial de Jorge Mario Bergoglio, o êxito alcançado em pouco tempo. A partir de uma suposta crise da Igreja recorda os obstáculos que Papa Francisco gradualmente superou: se posicionar novamente (The Economist faz uma relação com os pentecostais), buscar novamente os “clientes” que se afastaram depois dos escândalos dos últimos anos, etc.
O artigo evidencia a popularidade do Papa Francisco: nos Estados Unidos, um país bastante crítico, o Papa tem 85% de aprovação. E afirma que a Igreja tem uma visibilidade positiva cada vez maior e melhor a nível mundial. Neste contexto questiona: como um septuagenário argentino conseguiu tudo isso? The Economist aponta três princípios de gestão.
O primeiro princípio é descrito como lição clássica: se concentrar na própria missão. Francisco assim o fez, colocou os pobres novamente ao centro. Essa abordagem, segundo a revista, fez com que menos força fosse gasta em questões secundárias. Além disso, permite alcançar os “mercados emergentes”, fazendo referência aos países com economias emergentes, onde o crescimento do catolicismo pode ser maior.
Como segundo fator fala-se de um reposicionamento da marca. Neste ponto The Economist reconhece que o Papa “continua a apoiar o ensino tradicional sobre o aborto e o casamento gay, mas menos censurador”.
Por fim, como terceiro elemento: o processo de reestruturação. Neste último aspecto cita as várias comissões constituídas pelo Papa Francisco como o Conselho dos oito cardeais, a contratação de McKinsey e KPMG ou organizações para otimização do chamado “Banco do Vaticano” (Instituto para as Obras de Religião-IOR).
A identificação dos princípios deixa em suspenso se, eventualmente, as medidas terão êxito ou serão mantidas. Mas que uma das revistas mais lidas no âmbito diplomático e de negócios dedique um estudo de caso ao Papa Francisco, a partir da perspectiva empresarial, não passa despercebido. É claro que a Igreja não é uma empresa, mas considerando que é apenas uma analogia, resulta válido, e para os entendidos, também útil.
(Trad.: MEM) (07 de Maio de 2014) © Innovative Media Inc.
Enviado pelo conselheiro geral, P. Cláudio Weber.
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