Noviços da BSP professam os Primeiros Votos
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Na Festa da Apresentação do Senhor, 2 de fevereiro, em uma celebração eucarística ocorrida no Noviciado Nossa Senhora de Fátima, em Jaraguá do Sul-SC, 13 novos religiosos realizaram sua Primeira Profissão Religiosa.
A Província Brasil São Paulo acolhe os três novos religiosos:
• Adriano Brito Moura, de Santa Luzia-MA
• Alan Marcos, de Itumirim-MG
• Nicolas Biteli, de Elói Mendes-MG
Saudamos, com alegria, os neoprofessos e nos unimos em oração para que Deus lhes conceda as graças necessárias para sua vida e consagração e nova Missão! Vivat Cor Iesu.
Consagrados e incansáveis peregrinos alimentados pela esperança
Homilia do Superior Provincial Padre Eli Lobato dos Santos
1. SAUDAÇÕES E AGRADECIMENTO:
Caros Irmãos e Irmãs na fé.
Prezados Padre Sildo, provincial da Província-BRM e P. Pedro, provincial da Província-BRE.
Prezado P. Aurélio, pároco desta Paróquia… demais padres concelebrantes.
Muito prezadas Irmãs, particularmente, as Irmãs da Fraternidade que cooperam na formação dos noviços.
Obrigado aos leigos da vizinhança que cooperam com a manutenção desta casa de formação. Obrigado por sua generosa ajuda.
Caros familiares dos noviços presentes a esta celebração de sua Primeira Profissão Religiosa.
Sildo, um particular obrigado a você e ao P. Rubens, mestre dos noviços, pelo acolhimento dos nossos formandos, pelos esforços e serviços prestados à formação.
2. UM SENTIDO PARA A VIDA:
Caros noviços, em todas as épocas, mas em nosso tempo com maior evidência e conhecimento, verifica-se a existência de uma considerável parcela da população, não apenas entre adolescentes e jovens, que demonstram não encontrar e nem mesmo procurar um sentido para sua vida. Pior ainda, há aqueles que se contentam com modos destrutivos de viver ou viver sem sentido.
O quanto é-nos possível avaliar, vocês noviços, demonstram ter buscado e encontrado um sentido para viver, uma razão, um objetivo a que perseguir. A saber, a forma de vida consagrada.
Buscar e encontrar um sentido para a vida:
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Demanda pôr-se a caminho, peregrinar;
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A peregrinação compreende várias etapas. Hoje, vocês concluem uma Embora a solenidade e a festividade deste dia, ainda não é o ponto final, mas o término de uma etapa.
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A peregrinação requer paciência, pois nós não temos o controle e o domínio de tudo (graças a Deus), e na forma de vida consagrada, isso é muito mais necessário.
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Quem peregrina não pode carregar muitas coisas. Deve aprender a abrir mão de tudo aquilo que não é o É preciso discernir entre o relativo e o essencial, deixar um e ficar com o outro.
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Por fim, e igualmente, necessário, o peregrino alimenta-se da ESPERANÇA.
3. ANO JUBILAR E CENTENÁRIO:
A Primeira Profissão Religiosa de vocês se realiza no início do Ano do Jubileu da Esperança e do Centenário da morte de P. Dehon. Essas duas grandes ocorrências, me parece, oferecem uma preciosa contribuição e enriquecem o ato de vocês.
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O Jubileu da Esperança: que relação existe entre jubileu e esperança? Na natureza do Jubileu da tradição bíblica e cristã encontra-se a peregrinação. Peregrinar é pôr-se a caminho em vista de realizar um propósito, de alcançar um objetivo, de realizar uma missão. É como disse antes, buscar e perseguir um sentido para a vida, compreende o pôr-se a caminho, a peregrinar. Mas, como peregrinar sem ter esperança? Necessariamente, aquele que peregrina é alimentado pela esperança. Eis a íntima relação entre Jubileu e Esperança. Então, a Primeira Profissão de vocês recebe esse reforço do Jubileu: serem consagrados e incansáveis peregrinos alimentados pela esperança.
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O centenário da morte de P. Dehon: que relação pode haver entre esse centenário e a Profissão de vocês? A fórmula da profissão que, daqui a pouco vocês vão ler de modo solene aqui aos pés do altar, diz: “eu me consagro… conforme as Constituições da Congregação…” O ano do Centenário, não pode ser o palco para a realização de solenes celebrações, festivas assembleias, elaboração de textos, cartazes e fixação de banners pra todo lado. Nem mesmo para se erigir estátuas de P. Dehon por toda parte. O ano do Centenário deve ser o ano para um “retorno às Constituições”, com o sincero desejo de compreender melhor a identidade do homem consagrado ao Coração de Jesus e para aperfeiçoar a realização de sua missão na Igreja e no mundo. Desse modo, caros noviços, a Profissão que hoje vocês fazem, recebe um reforço a mais. Isto é, procurar ser e viver como “propriedade” do Coração de Jesus. É isso que Padre Dehon espera de nós.
4. A ESPERANÇA CRISTÃ: de que esperança fala o presente Jubileu?
Existe uma ‘esperança’ humana que, naturalmente, faz bem. Mas é insuficiente. Voltemo-nos ao peregrino:
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Ele se propõe a percorrer um caminho, a fazer uma peregrinação até um determinado lugar, o Santuário, e alcançar uma graça. Como dissemos antes, a fim de alcançar seu objetivo, o peregrino se submete a uma série de exigências. Chegando ao lugar desejado, ele alcança a graça e se vê recompensado por todos os seus esforços e renúncias.
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Na vida cristã em geral, e na vida consagrada em particular, nós peregrinamos não em vista de chegar a um santuário “feito por mãos humanas”, mas ao Santuário dos Céus. Submetemo-nos aos pré requisitos, às exigências, aos sacrifícios da peregrinação, “como hóstias sobre o altar” … na esperança de que, nossos esforços recebam a “força do alto” (At 1,14), na esperança de que só o Senhor nos vai recompensar completamente. A ESPERANÇA CRISTÃ se alimenta da fé na vida eterna: “creio na vida eterna!”. Razão da consagração religiosa e de todas as suas exigências.
P. Eli lobato dos Santos, scj
por: Equipe Sint Unum Comunicação