Solenidade de Todos os Santos
Em comunhão com todos os Santos
– Solenidade de Todos os Santos –
Mt 5, 1-12a
O “Sermão da Montanha”, passagem evangélica desta celebração, é o “Código da Santidade”. Ser santo é identificar a vida cristã com o programa de Jesus nesta proclamação. Cada virtude comunicada por Jesus terá o prêmio correspondente. O programa é de fácil compreensão, porém, de difícil execução.
– Transportar para a própria vida a realidade do conteúdo das palavras das “Bem-aventuranças” será o trabalho custoso, mas profícuo, das pessoas que se comprometem seriamente com Jesus no Batismo.
– Há santos com nome próprio e significação universal que têm um dia assinalado no calendário litúrgico anual, o dia em que morreram. Mas existem muitos santos no Santoral e no Martirológio que não se celebram expressamente, porque são mais numerosos que os dias do ano.
– E além destes ainda, há uma multidão de santos “anônimos”, constituída por todos aqueles que alcançaram a Deus através de uma vida honrada e santa, embora nem tenham sido cristãos batizados mas simples “cristãos implícitos”.
– Constituem eles essa “multidão imensa que ninguém poderia contar de toda nação, raças, povos e línguas”, de que nos fala hoje a leitura do Apocalipse.
– Pois bem, para comemorá-los a todos se estabeleceu esta festa comum de Todos os Santos”.
A COMUNHÃO DOS SANTOS
– “No Símbolo Apostólico do concílio de Nicéia (Credo), faz-se a profissão de fé na Igreja e na comunhão dos santos.
– E o Concílio Vaticano II na “Constituição Dogmática” sobre a Igreja afirma: “Entre os seguidores de Jesus, alguns peregrinam na terra, outros, terminada esta vida, são purificados, enquanto que outros são glorificados, vendo claramente o próprio Deus trino e uno, assim como é; todos, contudo, em grau e modo diverso, participamos da mesma caridade de Deus e do próximo e cantamos o mesmo hino de glória ao nosso Deus” (LG 49)”.
SANTOS? PRECISAM-SE. . .
– “A vontade de Deus é que sejais santos” (cf. 1Tes 4, 3). É uma exigência e um compromisso no Batismo.
– Como “slogan” para os nossos dias podia-se escolher este: “Santos, precisam-se!”
– Santos encarnados em pessoas concretas de hoje, a morar num prédio como o nosso, numa barraca como a nossa, numa favela como a nossa, com ou sem número na porta:
– Operários das fábricas, trabalhadores rurais;
– Empregados, patrões;
– Juízes, advogados, engenheiros, arquitetos (que façam projetos de casas);
– Médicos que amem os doentes e persigam implacavelmente as doenças, as suas causas e efeitos, investigando, experimentando. . .;
– Governantes que acabem com as guerras, com todo gênero de descriminações;
– Políticos que legislem e promovam o bem-estar social (de todos e não apenas de grupos);
– Casais conscientes e responsáveis no desempenho da sua exigente missão de testemunhas qualificadas do amor de Cristo à Sua Igreja;
– Velhos, doentes, diminuídos que saibam assumir os seus sofrimentos para os integrar na Paixão de Jesus, aceitando as limitações da condição humana; enfermeiros. . .;
– Professores que vejam no aluno uma pessoa e não um número de uma de tantas turmas;
– Jovens que lutam por operar uma reviravolta na sociedade mecanizada, metalizada, por meio do amor, da justiça, da paz e fraternidade universal.
– Como em tantas construções, podia-se afixar um cartaz com estes dizeres: Santos, aceitam-se!”
O QUE É BEM-AVENTURANÇA
– “A bem-aventurança é o convívio de Deus com os Santos. Chamados a participar nesta festa, temos na Eucaristia um alimento para a vida eterna”.
Padre Walmor Zucco
São Paulo, 05 de novembro de 2023.